segunda-feira, 1 de julho de 2013

Adeus, Dexter.

(A melhor cobertura nacional dos episódios inéditos e bastidores da série você encontra no Dexter Brasil)

Começou no último domingo a oitava e última temporada de uma das principais séries da década. Baseado nos livros de Jeff Lindsay e adaptado para a TV pelo roteirista James Manos Jr., o programa exibido pelo canal pago americano Showtime surpreendeu o mundo em 2006 com o seu charmoso anti-herói como personagem-título: Dexter Morgan, um serial killer do bem.  


Indicada diversas vezes ao Emmy e ao Globo de Ouro de Melhor Série Dramática, Dexter teve seu auge durante as primeiras temporadas.  O principal motivo do sucesso que dura até hoje é o seu intrigante e complexo protagonista, interpretado com maestria por Michael C. Hall, que já venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator pelo papel. A série também ficou conhecida, ao menos nos primeiros anos, pelo seu roteiro caprichado, responsável pelo interessante desenvolvimento da personalidade de Dexter, e também por suas belas locações, já que muitas cenas do seriado se passam nas praias de Miami.



Na trama, após uma marcante tragédia familiar na infância, o perturbado Dexter Morgan desenvolveu um compulsivo desejo pela morte ao longo de  sua juventude. Com a ajuda do pai adotivo, o policial Harry, Dexter consegue aprender a controlar sua ânsia por matar através do "código", no qual somente as pessoas responsáveis por grandes crueldades e assassinatos seriam suas vítimas. 


Assim começamos a acompanhar a história do já adulto Dexter, que torna-se um analista forense especialista em dispersão de sangue. Ao longo da excepcional primeira temporada, conhecemos sua conturbada e excêntrica rotina, na qual se divide  entre um detetive, um assassino e o namorado da meiga (porém irritante) Rita. As nuances e esquisitices do personagem encantaram o público e a crítica, alavancando a série para uma segunda temporada ainda melhor, que colocou em risco a identidade secreta de Dexter. A série seguiu com uma fraca terceira temporada e um ótimo quarto ano, que apresentou ao público o memorável vilão Trinity, e terminou com um dos finais mais chocantes da história da TV. 


Foi a partir de seu quarto ano que a série desengrenou. Não que Dexter tenha ficado ruim, mas algumas infelizes decisões dos roteiristas fizeram a série perder o fôlego em seus três anos seguintes. O fato de os episódios terem tornado-se expositivos demais (as narrações em off do protagonista, antigamente interessantes, pouco acrescentam) e de um inevitável acontecimento ser adiado por muito tempo acabaram tornando Dexter um seriado arrastado, sem a energia e a imprevisibilidade de antes. Até o protagonista perdeu um pouco de sua graça, muitas vezes comportando-se apenas como um mero justiceiro. Felizmente, por outro lado, Jennifer Carpenter, intérprete da irmã de Dexter, Debra, viu seu papel crescer exponecialmente no programa e hoje é um dos grandes pontos positivos da série.

                                                            (Confira o trailer da nova e última temporada)



Após as memoráveis temporadas iniciais e a recente derrocada da série, Dexter chega em seu último ano cercado de expectativa quanto ao destino de seu protagonista (o pôster de divulgação acima que o diga). Agora, a série tem mais 12 episódios pela frente para tentar voltar a ser o grande seriado que já foi um dia, e com o talento de seus protagonistas e um pouco mais de esforço de seus roteiristas, tal feito não é nada impossível.

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